quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Invariavelmente ao por-do-sol



Invariavelmente ao por-do-sol,
Encontramo-nos naquela tarde fria.
Os últimos raios de luz lutam furiosamente
Contra a noite que quer dominar o céu.
E nós, escondidos atrás das lentes escuras,
Cabelos molhados das ondas que rebatem,
Olhamo-nos, subitamente sem palavras...
Por uns segundos, uns escassos segundos,
O beijo pairou no ar,
Suspenso na brisa fria que enregelava.
Agua na boca, desejo intenso...
Até que, no ultimo segundo, partiu flutuando para longe,
Empurrado pela tua meiga recusa.
E nós, escondidos atrás das lentes escuras,
Cabelos molhados das ondas que rebatem,
Sorrimos ambos um sorriso envergonhado e triste,
Quiçá por motivos diferentes.
Agora, no calor do meu quarto,
Fecho os olhos e sonho com o beijo que não foi.
E desejo voltar para o frio,
Molhar-me nos respingos das ondas
Enquanto espero que regresses
E dês o beijo que me pertence.
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1 comments:

M.L.M disse...

Gostei muito da poesia ,que puseste, no meu cantinho pois assim ficou mais enriquecido .Obrigada e beijo






Maria Luísa

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